Onça-parda extinta há mais de um século é vista no litoral de Maricá
A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cidade Sustentável, fez um registro raríssimo: uma onça-parda (Puma concolor) ou suçuarana caminhando pelo Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá (Revimar). A espécie era considerada extinta há mais de um século na área litorânea, onde foi flagrada por armadilhas fotográficas, motivo de comemoração entre os pesquisadores e ambientalistas. Segundo maior felino do Brasil, a suçuarana é menor apenas que a onça-pintada e, arredia, não se deixa flagrar com facilidade. Os registros são de setembro, novembro e dezembro de 2021.
“A presença destes predadores de topo de cadeia em nossas áreas protegidas é um bioindicador da qualidade das nossas florestas. Nosso município possui mais de 50% de seu território inserido em Unidades de Conservação e esse acostamento através do trabalho de monitoramento realizado pela Prefeitura de Maricá vem coroar nossas ações”, afirmou o secretário de Cidade Sustentável, Helter Ferreira.
Além da onça-parda, as armadilhas fotográficas instaladas pelo Revimar flagraram, em fevereiro de 2021, o gato-maracajá (Leopardus wiedii), um dos animais mais bonito da fauna brasileira. Esse felino selvagem, pouco maior que um gato doméstico, com manchas pretas como uma onça-pintada, também era considerado extinto na região costeira, seu antigo habitat.
Esses equipamentos de registro de movimento da fauna, diurno ou noturno, fazem parte de um projeto desenvolvido em Maricá e têm a importante missão de monitorar e identificar as espécies encontradas nas áreas protegidas. As informações captadas pelas câmeras do projeto são registradas numa base de dados sobre a Mata Atlântica, que será disponibilizada para pesquisas e projetos de conservação e meio ambiente.
O refúgio natural, onde a onça foi flagrada, fica localizado nas Unidades de Conservação da cidade – também compostas pela Área de Proteção Ambiental Municipal das Serras de Maricá, o Monumento Natural Municipal da Pedra de Inoã e o Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia. Só o Revimar tem nove mil hectares, mais do que o dobro do Parque Nacional da Tijuca, e se estende por 25% do território de Maricá – representa uma área maior do que municípios inteiros como Búzios.
Parabéns os colaboradores e biólogos que estão fazendo esse serviço. Tem mas áreas para serem monitorada. Sei que os órgãos públicos de marica ,vão fazer um excelente trabalho. Mas vou citar uma área aqui que tem uma grande diversidade de fauna e flora pouca explorada. Área do caju até gamboa.
A matéria esta incorreta. A espécie nunca esteve extinta na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no litoral ou em Maricá. É o primeiro registro fotográfico. Ela estava extinta no município do Rio de Janeiro, onde foi redescoberta e o estudo publicado no final do ano passado.