Maricá: vítima de enchente retoma a vida com Auxílio Recomeço e Aluguel Social

Com um lar, mobília nova e a companhia de seu amigo fiel, o aposentado Modesto, que ficou conhecido em abril em decorrência da fuga de seu cãozinho durante a tempestade, agora pode recomeçar a vida com mais conforto e dignidade, morando no bairro Colinas. Tudo isso, graças aos benefícios do Aluguel Social e Auxílio Recomeço (valor de cinco mil mumbucas, equivalentes a cinco mil reais) concedidos pela Prefeitura de Maricá às vítimas das enchentes que atingiram a cidade. Entre os móveis e eletrodomésticos, foram comprados pelo idoso cama, geladeira, fogão e tanquinho.

“Enquanto gestores públicos, devemos cuidar da nossa gente. O senhor Modesto traduz um pouco disso. As chuvas deixaram um rastro de destruição, levando embora os sonhos. A gestão do governo Fabiano Horta conseguiu responder prontamente a essa eventualidade depositando os valores do aluguel social menos de 48h depois e concedendo o Auxílio Recomeço às vítimas, cestas básicas, mas principalmente, colocando a eficiência da gestão pública a favor do interesse social. O senhor Modesto e o cachorrinho dele são, nesse sentido, a afetividade que traduz um pouco disso que objetivamos com nosso trabalho”, enalteceu Victor Maia.

A história de seu Modesto se tornou conhecida quando seu cão, o vira-lata Valente, de cor caramelo, fugiu pelas ruas durante sua mudança para um abrigo concedido pela Prefeitura às vítimas das chuvas. Recuperado por servidores do município, Valente ficou na casa da presidente do Banco Mumbuca, Manuela Mello, que se dispôs a ajudar – no abrigo não era permitido animais de estimação. Modesto e Valente voltaram a se encontrar para dividir o mesmo lar após dois meses de separação.

“Se não fossem os auxílios, inclusive o trabalho da equipe dos funcionários da Prefeitura, eu não sei o que seria de mim, pois eles foram essenciais desde o dia da enchente, quando me tiraram da casa e me levaram para o abrigo, onde recebi toda assistência, e ao encontro do Valente, que havia sumido. Agradeço a todos que nos ajudaram e também pelo novo lar”, contou Modesto.

A coordenadora do Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, Suellen Cunha, auxiliou o idoso desde o momento em que foi abrigado até o aluguel da casa. “Desde o início acompanhamos o senhor Modesto, que, dá escola onde estavam as vítimas, foi encaminhado para o abrigo para idosos ‘Meu Lar em Maricá’. Ajudamos desde a escolha da casa, já que ele precisava de um local também para o cão, até a compra dos móveis e eletrodomésticos. Nosso objetivo é sempre estar presente colaborando”, esclareceu.

Apoio às vítimas das enchentes

A Prefeitura de Maricá fez o possível para colaborar com essa fase difícil na vida dos moradores da cidade, que foram atingidos pela chuva, com o pagamento rápido do Aluguel Social e do Auxílio Recomeço. No total, 3.531 pessoas foram beneficiadas com esse último benefício. Há atualmente 123 pessoas recebendo a locação, sendo 84 beneficiários vítimas das enchentes. O período de duração do Aluguel Social será de 12 meses.

Relembre a história

A forte chuva que atingiu Maricá na sexta-feira (1º/04) mobilizou funcionários da Prefeitura revelando histórias de perdas materiais e também de solidariedade e emoção como o caso do idoso Modesto, de 73 anos, que foi resgatado em sua casa alagada e reencontrou seu fiel companheiro, o cão Valente. O cachorro fugiu pelas ruas após a mudança do dono para o abrigo e deu trabalho até ser localizado por um servidor municipal. O reencontro com o companheiro há 12 anos aconteceu na tarde no dia 7 de abril, no Banco Mumbuca.

Morador de Bambuí, Seu Modesto teve a casa invadida pela enchente e foi salvo pelo servidor municipal Rodrigo Ribeiro, que trabalha no gabinete do vice-prefeito Diego Zeidan. O funcionário levou o idoso ao abrigo no Centro Educacional Joana Benedicta Rangel, no Centro. No início, ele se recusou a se alimentar, pois queria muito voltar para casa e estava preocupado com o seu cão. Comovido com o caso, outro servidor, Pedro Melo, prontificou-se a voltar a Bambuí para procurar o animal, que foi encontrado vagando pelas ruas.