POLÍCIA

Cláudio Castro dá ordem para Batalhão de Choque liberar estradas e diz que ‘é preciso respeitar o resultado das urnas’

Governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) afirmou que deu ordem para que o Batalhão de Choque da Polícia Militar desobstrua as estradas do estado, em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF). Pelo segundo dia, bolsonaristas estão fechando vias na capital e no interior.

Castro também afirmou: “É preciso respeitar o resultado das urnas; quem foi vitorioso precisa ter a tranquilidade de reunir forças e trabalhar pelo Brasil.”

O governador é do PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro, que, passadas 37 horas da proclamação do resultado das eleições, mantém silêncio sobre a derrota no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moraes reforça atuação da PM

A determinação do governador Cláudio Castro para o Batalhão de Choque veio instantes depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reforçar nesta terça (1º) que as polícias militares dos estados podem desobstruir inclusive as estradas federais bloqueadas no país e identificar, multar e prender os responsáveis pelos atos.

A TV Globo apurou que a PM fluminense já recebeu a ordem para agir, sob a coordenação da PRF.

Na segunda (31), Moraes tinha ordenado que a PRF e as polícias militares dos estados tomassem ações imediatas para desobstrução de vias ocupadas ilegalmente. Moraes atendeu a pedidos da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador-geral eleitoral.

A decisão de Moraes foi acompanhada, em uma sessão virtual do STF, pela maioria dos ministros da Corte na madrugada desta terça.

Segundo dia de protestos no RJ

No Rio de Janeiro, bolsonaristas ocuparam, pelo segundo dia, pontos de pelo menos oito vias ao longo desta terça, alternando entre interdições totais ou parciais. O Trevo de Manilha, na Região Metropolitana, era um dos locais com maior retenção: manifestantes atearam fogo a pneus e impediam a passagem de veículos tanto na Rio-Magé quanto na Niterói-Manilha.

Na capital, a PM e a Guarda Municipal desmobilizaram um ato que fechava o Túnel da Grota Funda, na Zona Oeste. Bombas de gás e sprays de pimenta foram usados para dispersar os bolsonaristas. (G1)