MP denuncia deputado Gustavo Schmidt por agredir policial após abordagem em Maricá

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), através do procurador Antônio José Campos Moreira, apresentou denúncia contra o deputado estadual Gustavo Schmidt (Avante), por ele ter agredido um policial militar após ser parado em uma blitz na Rodovia Amaral Peixoto, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, em abril de 2021. 

Na denúncia apresentada nesta quinta-feira (17), os promotores acusam o parlamentar por abuso de autoridade, lesão corporal contra agente de segurança, desacato e ameaça.

Segundo o MP, Gustavo se recusou a ser revistado e “utilizou-se do cargo de deputado estadual que ocupa, invocando sua condição de agente público para eximir-se de obrigação legal e obter privilégio indevido, impedindo os procedimentos de abordagem e fiscalização”.

Agentes da Polícia Rodoviária Estadual disseram que o parlamentar estava visivelmente alterado. Após se apresentar como deputado e ser liberado da revista, Gustavo seguiu viagem em seu carro, mas decidiu voltar pouco tempo depois.

De acordo com a denúncia, o deputado foi até o posto policial da via e “exigiu a apresentação da ordem de serviço” do policial Rafael Moreira da Mota. Após a negativa do PM, Gustavo Schmidt ofendeu Rafael e deu um soco no agente de segurança do estado.

Na época, a assessoria do deputado disse que a primeira abordagem foi ríspida e que, depois de deixar o filho e a namorada em Saquarema, voltou para checar se a blitz era legal. O deputado informou que, ao pedir a ordem da blitz, foi novamente desacatado e que começou uma discussão, mas que não houve agressão.

Este não foi o primeiro relato de agressão do deputado contra policiais militares. Em 2020, o deputado chegou a ser preso depois de agredir um policial durante uma festa que desrespeitava a quarentena em Niterói.

O deputado estadual concorreu a reeleição no pleito desse ano, contudo não teve votos suficientes para permanecer no cargo a partir de 2023.

Em nota, a defesa do deputado Gustavo Schmidt informou que não teve acesso à denúncia e irá se manifestar nos autos do processo. (G1)