POLÍCIA

Polo de Moda de Maricá inicia série de sensibilizações pelo bairro de Itaipuaçu

O início das sensibilizações do Polo de Moda de Maricá (Pomar) aconteceu na Feira da Colmeia, no sábado (14/01), quando foi visitado pela primeira dama Rosana Horta. A feira segue até domingo (15/01) na Lona Cultural de Itaipuaçu, na Praça dos Gaviões. O Pomar é um projeto da Prefeitura, realizado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Comércio, Indústria, Petróleo e Portos e da Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá), com o Senai Cetiqt (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), e compreende uma série de ações para desenvolver toda a produção de moda no município.

“O Pomar é para desenvolver competências técnicas e conhecimento no setor e também para estruturar toda a cadeia de moda em Maricá, transformando a cidade em referência no estado. Vai ter toda a parte de capacitação, qualificação e atendimentos com consultoria tanto para quem já atua com moda e quer melhorar o trabalho como para aqueles que gostam da área, mas nem sabem por onde começar”, explicou Bernardo Barbosa, consultor de Moda e Design do Senai Cetiqt.

Segundo Bernardo, o projeto está sendo construído nos moldes das necessidades da economia criativa de Maricá, potencializando o projeto de moda das pessoas da cidade, e não trazendo algo que não tenha a cara do município.

“Não vamos trazer um modelo pronto, vamos criar com Maricá. A Prefeitura está investindo pesado neste setor de economia criativa. Vamos tratar de moda circular, de moda social e ambientalmente responsável. Atuar em todos os segmentos: costura, desenvolvimento de peças até estratégias de varejo. Conectar empreendedores locais”, disse Bernardo às dezenas de pessoas presentes.

No momento, além de uma ampla pesquisa e mapeamento do setor, está sendo feita a estruturação da parte física do Pomar, que vai ter um centro de treinamento com sala de costura e modelagem, espaço para eventos e área para empresas que receberão acompanhamento mais próximo. Elas terão à disposição sala de reunião, escritório de uso comum e um ateliê de costura. As empresas que não estiverem dentro desta incubadora receberão outros tipos de apoio e orientação. O polo ficará no bairro do Flamengo, uma região de fácil acesso para pessoas que moram em diferentes áreas da cidade. A meta é atingir 500 pessoas diretamente e 2.500 indiretamente.

“Eu vim em busca de informações sobre o Pomar porque quero fazer minha empresa crescer mais. Trabalho com moda circular há 10 anos, remodelando peças usadas, transformando roupas e dando nova vida a elas. Também faço reaproveitamento de jeans para criar acessórios e bijuterias”, contou a empreendedora Jane Ferreira, de 50 anos.

A aposentada Lucimar Vigand, de 65 anos, que já faz trabalhos de tricô sob encomenda, espera que a criação de roupas vire uma fonte de renda importante com ajuda do Pomar:

“Quero aprender a trabalhar com malharia, me aperfeiçoar na costura e aprender a fazer modelagem, a criar moldes. Isso vai me ajudar a produzir mais, com acabamento melhor. Produzindo mais, vou poder oferecer um preço mais competitivo e ganhar na produção”, ressaltou Lucimar.

Programação acompanhada de perto

A primeira dama de Maricá, Rosana Horta, visitou, na tarde de sábado, a Feira da Colmeia e a ação de sensibilização do Pomar.

“É muito difícil falar em um projeto que seja o meu xodó, afinal a prefeitura desenvolve muitos. Sou muito motivada por todos aqueles que modificam a vida das mulheres da cidade, que as ajudam, que apresentam novos horizontes, como são da Feira da Colmeia e também o Pomar. E não esqueço, ainda, da recente inauguração da ala pediátrica do Hospital Conde Modesto Leal, que é importantíssima para as nossas mães”, citou Rosana Horta.

Encontro de mulheres empreendedoras

Não por acaso a Feira da Colmeia foi o local escolhido para a ação, a feira é uma reunião de empreendedoras assistidas pelo Instituto Colmeia e realizada em parceria com a Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá) e o Banco Mumbuca. A primeira edição de 2023 celebrou também o aumento do número das expositoras.

“A feira está completando 5 anos e conseguimos aumentar o número de expositoras, por dia, de 35 para 40, uma vez que a Codemar nos cedeu mais barracas. Como resultado, além da lona, estamos ocupando também a rua. A gente não mede o sucesso da feira somente com o valor que cada uma vende aqui. É um grande encontro onde são feitos contatos, parcerias e elas ficam conhecidas e se ajudam. É uma rede”, explicou Thaisa Muniz, fundadora da Colmeia.

Para expor na feira é preciso entrar para a Rede Colmeia e participar dos grupos onde são disponibilizadas as vagas. A seleção conta com uma curadoria para que não haja muitas pessoas expondo os mesmos tipos de produtos e a preferência é sempre para quem produz as peças que vai vender, dando mais espaço para artesãs e outras mulheres que trabalham com a criatividade. E vale de tudo, de peças de roupas e acessórios até gastronomia. Normalmente, há fila de espera para mostrar o trabalho.

“Esta é a primeira vez que exponho. Participar da feira está abrindo um leque de oportunidades”, garantiu Rosemere Ferreira, de 50 anos, que levou com a sua marca, a Mere Biju, peças únicas feitas reutilizando embalagens de xampu, além de bolsas exclusivas.

Quem já está vendo o resultado da exposição na feira é Fernanda Gomes, de 39 anos, que lançou a sua empresa, a São Di Mel, há 3 anos. No sábado, participou da Feira da Colmeia pela quarta vez.

“Dá para comparar o antes e o depois da exposição. Posso dizer que o faturamento mais que dobrou do tempo em que eu vendia através do boca a boca e depois de aparecer na feira. Também me motivou a ir além das geleias, a produzir outros produtos. Os contatos que faço aqui são fundamentais” disse Fernanda

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