Maricá participa de seminário sobre boas iniciativas no combate ao desperdício de alimentos
Integrantes das secretarias de Agricultura, Educação, Cidade Sustentável e Economia Solidária de Maricá participaram nesta quarta-feira (25/01) de um seminário com o tema “Desperdícios de alimentos e o papel das cidades”. Promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a União Europeia e o Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares (LUPPA), o encontro online discutiu o papel dos municípios nas ações de promoção da segurança alimentar.
O seminário integra o projeto internacional “Cidades e alimentação: governança e boas práticas para alavancar sistemas alimentares urbanos circulares”, em que Maricá participa junto com as cidades de Rio Branco (AC), Santarém (PA), Recife (PE) e Curitiba (PR). Durante a live, o pesquisador da Embrapa, Gustavo Porpino, apresentou uma série de bons exemplos de cidades brasileiras sobre o tema, como Araraquara (SP) e Belo Horizonte (MG). Sobre Maricá, destacou as iniciativas Bem Viver Alimentar, Hortas Comunitárias, Praças Agroecológicas e Fazenda Pública Joaquin Piñero.
“A cidade de Maricá me chamou muito a atenção e entre os programas existentes destaco o Bem Viver Alimentar, porque identifica alimentos locais, como a jaca, o aipim e outros itens produzidos localmente. Eles possuem um trabalho no incremento desse cultivo dentro da cidade, aumentando a capacidade do produtor e conectando essa produção com a alimentação escolar e com hospitais públicos, e isso é muito interessante”, afirmou o pesquisador Gustavo Porpino durante o seminário.
Ainda no encontro, foram apresentados diversos projetos de combate ao desperdício de alimentos em países da América Latina, Europa e Caribe, além das tendências mundiais, como o incentivo às compras locais, gerando renda para pequenos e médios produtores rurais e incentivando o empreendedorismo; bancos de alimentos, expansão da venda de produtos saudáveis, como frutas e hortaliças, entre outros assuntos.
Um documento com as principais iniciativas do município será elaborado e apresentado no projeto internacional de alimentação urbana. “Em Maricá, temos uma vantagem muito boa porque a terra é fértil e tudo que plantamos conseguimos colher. O município também possui uma área rural extensa, o que facilita o plantio. Durante a pandemia, implementamos diversas ações como a moeda social Mumbuca, distribuição de cestas básicas e de kits de higiene nas escolas, os programas de Amparo ao Trabalhador (PAT) e de Amparo ao Emprego (PAE), que garantiram a segurança alimentar da população”, disse Laura Castor, Subsecretária de Economia Solidária.
No seminário, também foi falado sobre o papel dos governos municipais na implementação de diversas medidas com objetivo de reforçar a segurança alimentar, que inclui informar a os cidadãos sobre bons hábitos de consumo e criar atividades econômicas circulares, que mescla desenvolvimento econômico e sustentável. Como integrante do projeto, Maricá vai produzir um documento com os programas de segurança alimentar existentes na cidade. O objetivo é fazer estudos de casos com as cidades participantes do Luppa com objetivo de desenvolver políticas públicas com as diretrizes do Pacto de Milão, que Maricá também aderiu.