Fórum de Atenção Psicossocial é marcado por diálogos intersetoriais e compartilhamento de vivências
A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde e da Fundação Estatal de Saúde de Maricá (Femar), promoveu na sexta-feira (27/01), o 8º Fórum de Atenção Psicossocial no auditório do Banco Mumbuca, no Centro, que abordou o tema “Tecendo a Rede de Maricá para Cuidar Melhor”. O encontro contou com a presença de diversos profissionais da área que atuam no município, mostrando a importância de trocas intersetoriais para melhorar o acolhimento oferecido às pessoas que possuem algum sofrimento psíquico, além de fortalecer parcerias essenciais para o cuidado qualificado.
Durante o evento, foram apresentados casos clínicos trabalhados em conjunto e que geraram resultados positivos, além dos usuários compartilharem suas experiências com os serviços voltados à saúde mental, demonstrando a efetividade das abordagens utilizadas pelas equipes multidisciplinares. A iniciativa teve a parceria das secretarias de Assistência Social, Economia Solidária e a participação de colaboradores da Secretaria de Educação.
A programação contou com exposição do coletivo Tecendo a Rede, onde foram relatadas vivências de Maria Dolores Gobbi, coordenadora do projeto; Glaucia Oliveira, coordenadora do Programa de Transferência de Renda (Bolsa Família) da Secretaria de Assistência Social; e Laura Castor, subsecretária de Economia Solidária. O fórum seguiu com experiências de Priscila Heusner, psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II); Gisele Diniz, psicóloga da Equipe Multiprofissional de Atenção Psicossocial (EMAP); e Juliana Lugarinho, psicóloga do CAPS Álcool e Outras Drogas (CAPS AD).
Para Edna Francisca, superintendente de Atenção Psicossocial da Femar e uma das responsáveis por organizar o fórum, a atividade reforça que o município está empenhado em garantir serviços de qualidade aos usuários, através de pontes construídas com outros setores e um olhar qualificado para a saúde mental.
“Maricá é uma cidade que tem diversas políticas públicas potentes voltadas à atenção psicossocial dos moradores, estando presente não só na área da saúde, como também em outras secretarias e equipamentos, criando uma rede de cuidado compartilhado. Essa rede não é feita somente pelos profissionais, sendo o usuário o grande destaque, se apropriando desse espaço e mostrando o sucesso da assistência oferecida. Ouvir o relato de cada um durante o evento mostra que seguimos a direção correta e nos incentiva a continuar avançando ainda mais”, afirmou.
Profissionais e usuários compartilharam vivências no fórum
Dezenas de pessoas participaram do evento, preenchendo o auditório do Banco Mumbuca com relatos importantes sobre saúde mental e acolhimento coletivo. Paulo Polillo, usuário que passou pelo cuidado em rede, foi um deles, ressaltando a importância da atenção oferecida para a reinserção social e conquistar novos objetivos.
“Acessei os serviços do município pelo Escritório Social, que me deu total atenção, me encaminhando para a Saúde, chegando ao cuidado do CAPS. Depois, consegui participar do Qualifica Maricá e fui aprovado para o curso de Direito pelo Passaporte Universitário, o que mostra toda a integração. Maricá é um município muito receptivo e fez a diferença para mim, mostrando que todos merecem um voto de confiança para a mudança, independente da idade”, disse.
A subsecretária de Economia Solidária, Laura Castor, destacou o espaço plural disponibilizado pelo encontro, o que mostra a conexão entre as secretarias para otimizar o cuidado. “É muito gratificante participar do Fórum de Atenção Psicossocial, um sinal que estamos no caminho certo em Maricá. Afeto e amor são fundamentais em qualquer profissão e é isso que passamos adiante durante o evento, mostrando que o grupo do Tecendo a Rede está empenhado para cuidar melhor dos maricaenses”, acrescentou.
Gisele Diniz, psicóloga da EMAP, apresentou um caso efetivo de cuidado compartilhado e garantiu que as parcerias, além do apoio da comunidade, fizeram toda a diferença para levar mais bem-estar à pessoa acompanhada.
“No evento, falamos de rede e eu representei uma equipe que constrói várias formas de cuidado. Atuando em Maricá, conheci outro universo, criando vínculos e trabalhando em conjunto, começando com a Casa da Mulher, auxiliando as demandas de uma idosa atendida ali, que depois se expandiu para o CRAS e depois ao CAPS, NASF e unidade de saúde, que ajudaram no suporte. Um trabalho com vários dispositivos que mostra os resultados do atendimento com dedicação e a importância de acionar parceiros de outros.