Morto em operação, TH era líder do TCP e um dos traficantes mais procurados do Rio
Um dos criminosos mais procurados do Estado do Rio de Janeiro, Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, foi morto na madrugada desta terça-feira (13) durante uma operação da Polícia Militar no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.
Aos 36 anos, TH era apontado como chefe do tráfico de drogas do Terceiro Comando Puro (TCP), a segunda maior facção criminosa do estado, com forte atuação em comunidades da capital e da Baixada Fluminense. Contra ele, havia pelo menos oito mandados de prisão em aberto, por crimes como homicídio, tráfico e roubo. Ele estava foragido desde 2016.
Segundo a Polícia Militar, TH era monitorado há oito meses com apoio da Subsecretaria de Inteligência, e teve a morte confirmada após troca de tiros com equipes de elite da PM durante ação na comunidade. A operação foi desencadeada com base em informações de inteligência e visava desarticular o núcleo estratégico do TCP na região.
Envolvimento em mortes de agentes
TH era considerado um dos principais alvos da segurança pública fluminense. De acordo com a corporação, ele teve participação direta na emboscada que matou os policiais Jorge Henrique Galdino Cruz e Rafael Wolfgramm Dias, do Bope, durante uma incursão no mesmo Complexo da Maré, em julho de 2024.
Além disso, o traficante também era acusado da morte de três militares do Exército e um engenheiro, assassinados em 2016 após entrarem por engano na comunidade da Vila do João. Investigações apontam que TH ordenava que criminosos atirassem contra qualquer pessoa não autorizada que tentasse acessar áreas dominadas pela facção.
Influência social e o “Baile da Disney”
Além de seu poder bélico e influência criminosa, TH também exercia forte controle sobre o cotidiano social nas áreas onde atuava. Ele era o principal financiador do “Baile da Disney”, uma das maiores festas ilegais da Maré, usada pela facção como forma de entretenimento, aliciamento de jovens e lavagem de dinheiro.
Apesar de pertencer ao Terceiro Comando Puro, o grupo é conhecido por adotar um discurso religioso e já foi apelidado de “facção evangélica”. A organização disputa território e influência com o Comando Vermelho e grupos paramilitares nas zonas norte e oeste do Rio.
A morte de TH representa um duro golpe contra o alto escalão do TCP, mas as autoridades alertam que a facção ainda mantém uma complexa rede de comando que pode reagir nos próximos dias.
A Polícia Militar informou que as operações na região continuarão com reforço do policiamento ostensivo.