POLÍCIA

Maricá pode ganhar base para lançamento de foguetes e satélites

Projeto da Prefeitura, em parceria com a Agência Espacial Brasileira, mira nas Ilhas Maricás para implantar centro aeroespacial no município

A cidade de Maricá está mais próxima de entrar para o mapa da corrida espacial brasileira. Uma reunião realizada na última semana entre o prefeito Washington Quaquá, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Chamon, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), Celso Pansera, discutiu a viabilidade de construir um Centro Aeroespacial nas Ilhas Maricás, em Itaipuaçu.

O objetivo é criar uma base voltada para o lançamento de foguetes e satélites, aproveitando a posição geográfica privilegiada do município. Por estar próxima à linha do Equador, a região demanda menos combustível para lançamentos, o que atrai atenção de especialistas e investidores da área.

“Aqui os foguetes gastam menos e chegam mais rápido ao espaço. Isso significa mais empregos, moradia, logística e desenvolvimento econômico para Maricá”, afirmou o prefeito Quaquá.

A mudança na legislação federal, que agora permite que estados e municípios atuem diretamente no Programa Espacial Brasileiro, abriu caminho para que cidades como Maricá entrem nesse setor estratégico. Segundo Chamon, que comanda a AEB, o entusiasmo da cidade é inédito. “Em 40 anos de área espacial, nunca vi um movimento tão empolgado como esse. O Brasil tem potencial e precisa ousar”, declarou.

Estudo técnico e capacitação profissional

O próximo passo será a realização de estudos técnicos sobre a viabilidade da instalação da base nas ilhas. Também está em pauta a criação de um polo de formação de engenheiros aeroespaciais, para preparar profissionais capazes de atuar no novo centro.

“Existe uma carência global de locais para lançamento de satélites. Maricá tem um potencial enorme. Validamos hoje o início desse processo com a AEB e vamos trabalhar para torná-lo real”, disse Celso Pansera.

Empregos, turismo e inovação

De acordo com o Brigadeiro José Vagner Vital, da Força Aérea Brasileira, o impacto econômico de um centro desse porte pode transformar a cidade em até 15 anos. “Maricá pode ser o ‘Cabo Canaveral do Brasil’. A tecnologia está aí. É preciso ter coragem de apostar nas pessoas”, afirmou.

Além da base, Maricá também pode sediar ainda este ano um grande evento nacional do setor aeroespacial, reunindo governo, indústria e universidades para atrair investimentos e estruturar o projeto.

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