POLÍCIA

3º dia da FLIM celebra Independência com debates, literatura periférica e música em Maricá

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, transformou o domingo de Independência (07/09) em um dia de reflexões, livros e cultura durante o 3º dia da Festa Literária Internacional de Maricá (FLIM).

Logo pela manhã, a energia ficou por conta da escola mirim Mangueira do Amanhã, que “acordou” as tendas do evento com sua bateria. A programação seguiu intensa ao longo do dia, recebendo nomes de destaque como MV Bill, Aline Midlej e Octavio Guedes, que discutiram temas atuais, as periferias e a relação entre jornalismo e literatura.

Jornalismo e literatura em diálogo

Na mesa “Entre Fatos e Leituras”, a jornalista Aline Midlej refletiu sobre as diferenças entre o tempo do jornalismo e o da literatura:

“A literatura nos permite uma profundidade que, infelizmente, o dia a dia da redação não nos permite. Faz um ano que lancei o meu primeiro livro solo, depois de ter feito participações em outros. Mas a gente escreve um livro inteiro por dia sobre Brasil. O jornalismo é isso.”

Já o comentarista político Octavio Guedes destacou as similaridades entre os dois campos:

“Ambos têm que ser relevantes e interessantes. O jornalista tem que falar para todos, e isso não significa ser sensacionalista, mas tornar o assunto interessante para todos, não falar apenas para a sua bolha. Isso é muito parecido entre os dois.”

O debate contou ainda com o pesquisador Marcelo Santana, coordenador do curso de Direito da Universidade de Vassouras – campus Maricá, e foi mediado pela secretária de Comunicação do município, Danielle Oliveira.

“A mesa mostrou que toda construção discursiva é situada, e que este espaço de debates é extremamente importante para que a gente consiga construir novas possibilidades de entendimento do país que a gente tem e o que a gente quer”, afirmou Danielle.

Escritos periféricos

Uma das mesas mais aguardadas reuniu os autores MV Bill, Jessé Andarilho, Rodrigo Santos e Wesley Barbora, que discutiram suas trajetórias e a relação entre a periferia e a escrita. O público lotou a tenda para acompanhar os relatos, que reforçaram o papel transformador da literatura em comunidades historicamente marginalizadas.

Encerramento com música

O cantor Leoni trouxe poesia e música para o encerramento da programação do dia, participando de uma mesa literária e, em seguida, subindo ao palco principal da FLIM para um show que fechou a noite com emoção e celebração.

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