POLÍCIA

Polícia Civil prende dois suspeitos por homicídio e atuação em grupo paramilitar em Itaboraí

Policiais civis da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) cumpriram, na manhã desta quinta-feira (09/10), mandados de prisão temporária contra Rogério Cunha do Nascimento e Antônio Cláudio Quintanilha Medeiros, acusados de envolvimento em homicídios e atividades paramilitares na região de Itaboraí.

A ação foi coordenada pelo delegado titular, Dr. Willians Batista, e contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar e de diversos grupos de inteligência da corporação.

De acordo com as investigações, Nascimento, policial militar lotado no 7º BPM, seria o líder de um grupo paramilitar que atuava no bairro Retiro São Joaquim, associado à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). O grupo disputava o controle territorial da área com integrantes do Comando Vermelho (CV).

Já Quintanilha, ex-policial militar expulso da corporação e preso em 2018 na Operação Salvator, seria o braço armado da organização, responsável por diversas execuções na região de Visconde, também em Itaboraí.

A disputa entre as facções gerou uma série de homicídios na localidade, e a operação desta quarta-feira é um desdobramento de investigações anteriores, que já resultaram na prisão de outros envolvidos.

Segundo a DHNSG, os dois suspeitos participaram de uma reunião com criminosos identificados como Cristiano Caldera Souza, o “Piolho”, e Diego Siqueira da Silva Ferraz, o “Digão”, ambos ligados ao TCP. Durante o encontro, uma divergência interna teria levado Nascimento e Quintanilha a executarem Piolho e Digão.

Na ocasião, Nascimento foi baleado e tentou simular uma tentativa de latrocínio para justificar o ferimento, versão posteriormente refutada pelas investigações.

Após intenso trabalho de inteligência e monitoramento do Setor de Capturas da DHNSG e do GI-Itaboraí, com apoio do GIC, SBE, SIP, GI-Niterói, GI-Maricá, GI-72/73 e GI-74 os alvos foram localizados em Itaboraí e não resistiram à prisão.

Após o cumprimento das formalidades legais, os presos foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.

A Polícia Civil reforça que a colaboração da população é essencial para o avanço das investigações. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo WhatsApp (21) 98596-7156 — o sigilo é garantido.

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