Prefeitura realiza bate-papo sobre o mês da Consciência Negra com a atriz Léa Garcia

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Políticas Inclusivas, realizou na noite desta quarta-feira (30/11) um bate-papo e uma homenagem à atriz Léa Garcia em comemoração ao mês da Consciência Negra, no Cine Henfil, Centro de Maricá. No evento, que contou com 175 participantes, foi apresentado um documentário com a trajetória da artista de 89 anos, que mostrou histórias, vivências e depoimentos que estimularam a reflexão e a discussão sobre o combate ao racismo.

“Eu amo Maricá. Estou extremamente feliz e honrada em poder vir aqui hoje. Nesse bate-papo comentamos sobre sermos símbolos de luta, resistência e a consciência de que a negritude não é inferior e que o negro tem valor e lugar na sociedade. Eu amo Maricá, sou mulher, negra, atriz, mãe, avó, bisavó e agradeço por me trazerem neste município lindo, que tem iniciativas lindas e voltadas para toda a população”, disse Léa Garcia. A atriz também recebeu uma moção honrosa da vereadora Andréa Cunha e do vereador Teco Paulista.

O Secretário de Políticas Inclusivas, Clauder Peres, esteve presente no evento e agradeceu a todos os convidados e participantes pela noite e ao bate-papo incentivador. “É muito emocionante ter esse bate-papo com a Léa. Uma mulher que transpira história, que eu assisti na infância e que tenho orgulho de ter chamado para esse evento. Agradeço imensamente aos envolvidos. Uma equipe que trabalhou para trazer e realizar esse evento”, disse.

Sobre Léa Garcia

Nascida no Rio de Janeiro, em 1933, Léa Lucas Garcia de Aguiar tornou-se atriz em um momento da história em que esse não era um trabalho comum para mulheres negras. Filha de Stela Lucas Garcia e José dos Santos Garcia, passou a morar com sua avó aos 11 anos, quando sua mãe morreu. Ela subiu ao palco pela primeira vez na peça Rapsódia Negra (1952), encenada pelo Teatro Experimental do Negro. A partir de então, a paixão pelas artes cênicas se impôs.

Trabalhando em teatro, TV e cinema, Léa Garcia consolidou uma carreira de papéis marcantes, como Rosa, de Escrava Isaura, novela que a tornou conhecida do público, e venceu a barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras. A atriz, de 89 anos, tornou-se assim uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade de suas atuações.