POLÍCIA

Vereadores Ricardinho Netuno e Chiquinho se posicionam contra aumento de R$ 400 milhões no orçamento da Codemar

O projeto de lei que ampliou em R$ 400 milhões o orçamento da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) passou pela Câmara Municipal com maioria dos votos favoráveis. Apenas os vereadores Chiquinho (PL) e Ricardinho Netuno se manifestaram contra a proposta enviada pelo Executivo.

Nas redes sociais, ambos justificaram publicamente por que decidiram rejeitar o aumento.

Argumentos do vereador Chiquinho

Chiquinho afirmou que a destinação de mais recursos à Codemar não atende às necessidades prioritárias da cidade. Segundo ele, grande parte do quadro funcional da companhia é composta por pessoas de fora de Maricá, o que, na visão do parlamentar, impediria que o novo orçamento gerasse benefícios diretos aos moradores.

Em sua publicação, o vereador questionou o volume do superávit destinado à empresa:

“400 milhões de superávit para a Codemar? Com tantas demandas na cidade, podemos empregar melhor esse valor.
‘Vai gerar empregos’? Então deixem claro na matéria que esse dinheiro será usado para contratar gente da nossa própria cidade e não de fora!”, escreveu.

Críticas apresentadas por Ricardinho Netuno

Ricardinho também apontou motivos para votar contra a ampliação orçamentária. Ele destacou que, segundo sua análise, grande parte dos recursos da Codemar vem sendo direcionada para compras de terrenos e propriedades rurais no município, o que classificou como “especulação imobiliária”.

O vereador citou como exemplo diversas aquisições milionárias feitas pela empresa, como a Fazenda Nossa Senhora do Amparo, Terra Ouro, Cova da Onça, Fazenda Inoã e Fazenda São Sebastião.

Ricardinho criticou ainda contratos firmados com a empresa Milano, alvo de investigações por corrupção, lavagem de dinheiro e ligação com esquemas ilícitos da gestão estadual passada. Segundo ele, o contrato com a Codemar, no valor de R$ 1,6 milhão, inclui a compra de alimentos como batatas chips, chips de banana, queijos pasteurizados, iogurtes veganos e até milho para pipoca.

Em sua manifestação pública, o vereador questionou a forma como a matéria foi colocada em votação e o papel do Legislativo no processo:

“A Câmara virou o quê? Despachante do prefeito? Que pressa é essa para jogar mais dinheiro pra Codemar? Estamos vendo uma farra o tempo inteiro. Quem está ganhando com isso? (…) Parece que só tem funcionário do prefeito aqui. E o interesse do povo?”, afirmou.

A aprovação

Apesar das críticas dos dois parlamentares, a maioria dos vereadores votou de forma favorável ao projeto, garantindo o reforço de R$ 400 milhões ao orçamento da Codemar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *