POLÍTICA

WITZEL DIZ QUE LEVARÁ PARA DELEGACIA ‘QUEM FUMA MACONHA NA PRAIA’

RIO – O governador Wilson Witzel afirmou, nesta terça-feira, que o estado passará a fazer internação compulsória de dependentes químicos que estejam morando nas ruas do Rio. Uma lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em junho autoriza a internação de dependentes químicos pelo poder público mesmo contra a própria vontade. Segundo o novo texto, internações obrigatórias poderão ser realizadas se solicitadas por servidor público da área de saúde, de assistência social ou dos órgãos integrantes do Sisnad (Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas).  No domingo, um morador de rua esfaqueou três pessoas na Lagoa.

— Presenciamos um caso gravíssimo, onde duas pessoas acabaram morrendo esfaqueadas por um morador de rua. As pessoas que estão na rua e não tenham capacidade de autodeterminação não podem decidir se querem ou não ficar na rua. Elas serão recolhidas. Isso não vai ser nenhuma “limpeza”. Juridicamente, a pessoa que está na rua, consome drogas e não tem capacidade de autodeterminação, o estado pode e deve intervir. Se for o caso, recolhê-la. Quem tem que determinar é o estado. Determinei que as ações de recolhimento ocorram imediatamente — disse Witzel.

O governador afirmou que os dependentes químicos que forem internados compulsoriamente serão levados para instalações “adequadas”, mas não detalhou qual seria a locação. Com relação a moradores de rua que não sejam usuários de drogas, Witzel disse que elabora um convênio, junto com a Prefeitura do Rio, para abrigá-los. Outro plano é procurar apoio da iniciativa privada e obter emendas parlamentares em Brasília para alocar esses moradores de rua em hotéis.