POLÍCIA

POLÍCIAS CIVIL E MILITAR TERÃO QUE SUSPENDER OU EVITAR OPERAÇÕES EM COMUNIDADES DURANTE PANDEMIA

Depois de uma longa reunião, na última sexta (22), ficou acordado entre o governador Wilson Witzel e secretários das polícias Militar e Civil, que as operações em comunidades do Rio não poderão acontecer, ou pelo menos devem ser evitadas, até o fim da pandemia.

A decisão foi tomada diante da retaliação da população carioca que viu a violência do estado matar três jovens inocentes durante operações na Cidade de Deus, no Morro da Providência e outra no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. De acordo com fontes próximas ao governador Witzel, ele teria ficado irritado com a repercussão negativa das últimas operações.

Em uma videoconferência com defensores dos direitos humanos, o governador disse. “Acho que podemos realizar essa integração para que a gente possa criar maior comunicação e evitar que, no momento de uma necessidade de operação, de busca e apreensão ou ação de inteligência das polícias, haja pessoas prestando serviços humanitários nesses locais”.

Ainda na reunião, ficou decidido que a partir de agora os líderes comunitários que quiserem fazer ações nas favelas deverão comunicar com antecedência a Polícia Militar, para que os agentes possam prestar assistência social.

Em nota, a PM informou que as operações continuarão sendo baseadas em análises estratégicas e em dados de inteligência, com o objetivo de prender criminosos, apreender armas e drogas, além de reduzir os indicadores de criminalidade.

A Polícia Civil também foi questionada sobre o assunto, mas não respondeu até a publicação da matéria.

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