POLÍTICA

WITZEL DÁ ENTRADA NA JUSTIÇA PARA SUSPENDER SEU PROCESSO DE IMPEACHMENT

A defesa do governador Wilson Witzel (PSC) deu entrada na Justiça, na última segunda-feira (13), com um documento para tentar suspender o processo de impeachment contra o governador na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O mandado de segurança da defesa do governador se apoia em supostas irregularidades no processo. As informações são do jornal O Dia. 

Segundo a defesa de Witzel, o processo de impeachment contra o governador se baseia em cinco ilegalidades. “A Alerj, sem elementos mínimos, decidiu, no dia 6.7.2020, prosseguir com as denúncias. São denúncias, portanto, no escuro, à míngua de provas, sem lastro documental mínimo, escoradas, apenas, em decisão que deferiu colheita de provas sobre meras investigações”, dizia o documento da defesa do governador para impedir o processo no qual Witzel está sendo julgado.

O documento que busca suspender o processo de impeachment de Witzel ainda informa que o presidente da Casa, André Ceciliano (PT), o presidente da Comissão de Impeachment, deputado Chico Machado (PSD), e o relator da comissão, deputado Rodrigo Bacellar (Solidariedade) têm praticado um “ato ilegal e violador de garantias fundamentais”. 

Os dois parlamentares responsáveis por denunciarem o caso de Witzel e pedirem o impeachment do governador foram os deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB. O pedido deles contra o governador se apoia em três bases. “Primeiro a relação do governador com o senhor Mário Peixoto, lembrando que a primeira operação deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal chamou-se Operação Favorita porque o Mário Peixoto era o favorito do rei. O segundo aspecto diz respeito a Organização Social Unir que foi requalificada pelo governador e nas gravações há indícios que tinham interesses pecuniários envolvidos”, dizia o texto. 

A terceira base do pedido também envolve a família Peixoto. “A terceira questão é que uma outra empresa, também ligada à família Peixoto estava pagando honorários advocatícios de 36 parcelas na ordem de R$ 15 mil por mês para primeira dama”, dizia o texto do pedido contra Witzel.

Um dos denunciantes do caso contra Witzel, Luiz Paulo, acredita que “o pedido de impeachment está muito bem fundamentado”. Isso porque Witzel continua sendo investigado pela Operação Placebo, que busca analisar irregularidades em contratos assinados na área da saúde durante a pandemia do novo coronavírus. Contra Witzel, estão sendo cumpridos alguns mandados de busca e apreensão. 

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