Conta de luz com taxas mais caras em dezembro
Com baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e sinais de recuperação do consumo de energia, o sistema de bandeiras tarifárias foi retomado em dezembro. Por decisão do comando da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores pagarão em dezembro — a partir desta terça-feira (1º) — o adicional de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A cobrança corresponde à sinalização na fatura a cor com que representa o valor mais caro: a bandeira vermelha Patamar 2.
O diretor da Aneel, Efrain Pereira da Cruz, mencionou“afluências críticas” nos principais reservatórios do País, no Sudeste e Centro-Oeste, além do Sul, e deterioração nos meses de outubro e novembro. Isso levou ao acionamento de termelétricas, o que pressionou o custo de geração de energia no País diante de uma “oferta adversa
Ainda segundo ele, o consumo de energia retomou o patamar pré-pandemia em setembro, e o setor enfrenta novamente uma seca que há muito não se via. Por isso, a avaliação da Aneel é que o sistema de bandeiras precisa ser retomado imediatamente – e não apenas em janeiro de 2021, como indicava a nota técnica do órgão regulador.
“São indícios concretos de que o mecanismo das bandeiras já merece ser restabelecido e a curto prazo, tendo em vista sua eficiência na sinalização de preços aos consumidores”, disse o diretor.
No sistema atual, que estava suspenso desde maio, na cor verde, não há cobrança de taxa extra, indicando condições favoráveis de geração de energia no País. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos.
Já a bandeira vermelha pode ser acionada em um dos dois níveis cobrados, dependendo da quantidade de termelétricas acionadas. No primeiro nível, o adicional é de R$ 4,169 a cada 100 kWh. No segundo nível, a cobrança extra é de R$ 6,243 a cada 100 kWh.