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Maricá: Fórum Permanente de Atenção Psicossocial debate iniciativas voltadas à saúde mental

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu na manhã desta quinta-feira (19/05), a 6ª edição do Fórum Permanente de Atenção Psicossocial, com o tema “Políticas Públicas Inclusivas e Luta Antimanicomial: Ferramentas para o Cuidado em Liberdade”. A atividade marcou o fim da Semana da Luta Antimanicomial e propiciou debates intersetoriais sobre mecanismos existentes para o tratamento de pessoas com transtornos mentais graves no município, centrados na humanização e na garantia da liberdade dos usuários. O fórum ocorreu no Auditório Manoel Lago, no Banco Mumbuca (Centro).

Edna Francisca, coordenadora de Saúde Mental de Maricá e mediadora da atividade, garantiu que o fórum reforça a luta antimanicomial na cidade, integrando conhecimentos técnicos, sensibilização na abordagem à saúde mental e parcerias de diversas secretarias.

“Esse é o primeiro fórum presencial após momentos difíceis da pandemia da Covid-19, um momento simbólico para a cidade e para a luta antimanicomial. O evento é um espaço de resistência, que reforça a luta pela reforma psiquiátrica e nos mostra como olhar para o outro além da doença, enxergando o ser humano e a necessidade de todos termos liberdade. No fórum, tivemos a presença de parceiros nesse movimento, de diversas secretarias, o que fortalece a saúde mental humanizada em Maricá, mostrando também nossa expertise nessa área, através das experiências e conhecimentos compartilhados”, ressaltou.

Claudia Rogéria, diretora de Atenção à Família da Fundação Estatal de Saúde de Maricá (FEMAR), afirmou que o evento mostra a união da cidade pela luta antimanicomial, além de frisar que os médicos e enfermeiros são essenciais nesse processo.

“O espaço promovido pelo fórum segue algo em que acreditamos e apoiamos na Femar, que é a luta antimanicomial. É essencial fornecer mecanismos que assegurem saúde mental e felicidade à população, mas também atentos aos médicos e enfermeiros, que estiveram na linha de frente contra a Covid-19 e tanto precisam de cuidados. Agradeço a esse evento tão importante, que une segmentos essenciais do município”, acrescentou.

O fórum contou ainda com a presença do secretário de Políticas Inclusivas, Clauder da Silva; do secretário de Cultura, Sady Bianchin; da subsecretaria de Economia Solidária, Laura Costa; da assessora da Secretaria de Educação, Mariane Mary; além de Bruno Logon, membro do Conselho Municipal de Saúde.

Usuários do Caps destacam o atendimento no espaço

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), um dos principais equipamentos voltados ao tratamento de pessoas com transtornos mentais graves no município, foram lembrados diversas vezes durante o evento. Uma dos usuárias do espaço, a estudante de Pedagogia Theresa Cristina, mostrou o impacto do equipamento público na sua trajetória.

“Fui bem recebida pelo Caps há 10 anos, quando vim encaminhada para Maricá. Foi um trabalho maravilhoso feito no espaço, já que eu tinha depressão profunda e fui me recuperando. Ele foi essencial na minha trajetória, para que eu continuasse me cuidando e tomando os medicamentos, e até hoje sou acompanhada pelo local.  Hoje curso Pedagogia pelo Programa Passaporte Universitário, uma conquista que não conseguiria sem esse acolhimento que mostra o exemplo de Maricá para o Brasil, oferecendo diversas oportunidades para quem mais precisa”, disse.

Semana de mobilização pela luta antimanicomial em Maricá

Esta semana foi marcada por uma programação dedicada à luta antimanicomial na cidade, que teve início na segunda-feira (16) e foi finalizada com o 6º Fórum Permanente de Atenção Psicossocial desta quinta-feira (19). Durante os dias de conscientização e mobilização, foram realizadas atividades físicas e ações lúdicas na Praça Conselheiro Macedo Soares (Praça do Turismo), que estimularam os sentidos e a criatividade. Além disso, foi promovida uma caminhada simbólica até o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSi) e o Cine Henfil exibiu o filme “Nise – O  Coração da Loucura” — retratando a luta antimanicomial ainda na década de 1940.

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