BAIRROS

Pesquisa Sentinela Covid-19 visita residências em São José de Imbassaí, Inoã e Itaipuaçu

A Prefeitura de Maricá, por meio do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIM), está levando, desde o início da semana, a mais áreas da cidade a terceira etapa da pesquisa Sentinela Maricá sobre a Covid-19. As equipes formadas técnicos em enfermagem, agentes comunitários de saúde e motoristas visitaram residências nas regiões de Inoã, Itaipuaçu e São José de Imbassaí, obtendo dados e realizando exames de secreção nasofaríngea (teste PCR/swab) e de sangue (exame sorológico) de um morador de cada residência, que seja maior de 18 anos. Desde segunda-feira (06/06), foram testadas 217 pessoas, sendo que cada ciclo visa testar 385 pessoas. A previsão de término do atual ciclo é na terça-feira (14/06).

“Esse segundo ciclo vem em paralelo a um aumento no índice de contaminação da Covid-19. Portanto, ele serve para medir essas taxas na cidade de Maricá. Temos feito o trabalho de testagem do Sentinela, mas ao mesmo tempo as equipes também estão conscientizando as pessoas sobre os cuidados necessários do uso da máscara e do álcool”, explica o coordenador da pesquisa e chefe de gabinete do ICTIM, o biólogo Carlos Senna.

Juntamente com a Covid-19, a análise também vai incluir nesta etapa o monitoramento da contaminação pelo vírus Influenza, causador da gripe em idosos. O grupo, que esteve em São José de Imbassaí, circulou no entorno da orla do Marine e da Avenida Guarujá. Uma das casas visitadas foi a da pensionista Angélica Lima dos Santos, de 72 anos. Após passar pela coleta de material para exame, ela contou que está em dia com o calendário de vacinação e não contraiu o coronavírus. “Ninguém aqui em casa pegou o coronavírus, mas é bom acompanhar para saber como as pessoas estão”, disse a moradora, que vive com a irmã e uma sobrinha.

A comerciante Sueli Cristina de Araújo, de 51 anos, também recebeu a equipe que circulou pelo bairro e contou que também não pegou a doença, mas que teve familiares que se contaminaram. “A Covid ainda não acabou, está por aí. Por isso, a pesquisa é válida. Tem gente que se contaminou e nunca mais terá a vida de antes”, avaliou.

Levantamento auxilia as autoridades

Os resultados dos exames colhidos pelas equipes da pesquisa Sentinela Maricá sobre a Covid-19 são enviados aos moradores pelo celular e servem para que a Prefeitura possa identificar possíveis sequelas da doença na população. Celso Pansera, presidente ICTIM e responsável pela execução da pesquisa (em parceria com a Secretaria de Saúde), diz que o levantamento auxilia as autoridades no processo de enfrentamento de surtos, endemias ou epidemias futuras.

Os benefícios da pesquisa serão visíveis nos próximos anos, como destaca Amilcar Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador técnico da pesquisa Sentinela Covid-19 Maricá. “Vamos estudar a circulação deste vírus na cidade e tentar analisar as cepas. Isso vai nos indicar a eficácia das vacinas de gripe na cidade. Além disso, o estudo pode ajudar a fazer a priorização das pessoas a serem vacinadas no futuro”, afirmou.

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