Grupamento Maria da Penha de Maricá completa um ano atendendo mulheres vítimas de violência
Guarda Municipal registra cerca de 400 ocorrências por diferentes tipos de crime na cidadeCriado em maio de 2022 pela Guarda Municipal de Maricá, o Grupamento Maria da Penha já registrou 388 ocorrências e atendimentos a mulheres vítimas de violência no município. O trabalho preventivo se baseia na proteção das vítimas com aplicação da Lei Maria da Penha, que classifica como crime qualquer tipo de abuso de origem física, patrimonial, sexual, moral e psicológica contra a mulher. Os agentes atuam de forma integrada com a Casa da Mulher Heloneida Studart.
O grupamento foi ampliado em 2023 e conta com 18 agentes e duas viaturas caracterizadas, que atuam 24 horas. Do total de atendimentos, 101 casos foram relacionados à violência doméstica; 82 apoios ao Centro Especializado de Atendimento à Mulher; 39 visitas assistenciais de acompanhamento de mulheres; 20 cumprimentos de medidas protetivas; 14 acompanhamentos após registro de ocorrência; oito lesões corporais e cinco estupros, além de averiguações de denúncia e crimes de stalking (perseguição pela Internet).Cerca de 52 casos foram conduzidos à delegacia, o que representa 13,40% do total das ocorrências.
“É um grupamento extremamente importante, em que a Guarda Municipal atua na conscientização e também na responsabilização dos autores de violência doméstica. Hoje temos quase 400 ocorrências envolvendo esse tipo de violência e cerca de 14% sendo conduzidas à delegacia. Entendemos que se faz necessário a parceria entre a Guarda Municipal, a Casa da Mulher e outros órgãos para a luta diária na prevenção da violência contra a mulher”, destacou o secretário de Ordem Pública e Gestão de Gabinete Institucional, Julio Cesar Veras.
Coordenador do Grupamento Maria da Penha, o guarda municipal Luan Rocha, ressalta a importância da atuação dos agentes.
“O objetivo principal é combater a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial contra as mulheres e nossos agentes estão preparados para atender essas mulheres. O atendimento busca romper o ciclo da violência, assegurando-lhes o atendimento, acompanhamento e monitoramento de medidas protetivas de urgência, com base nos princípios da ética, sigilo, acolhimento, empatia e humanidade. Nesse primeiro ano, o grupamento recebeu ampliação o que proporciona um atendimento ainda melhor” explica o coordenador do Grupamento Maria da Penha, Luan Rocha.
Atendimento às vítimas
O atendimento pode ser realizado na Casa da Mulher, localizada na Rua Vereador Luiz Antônio da Cunha, 50 – Centro (ao lado do SAREM), ou por meio dos telefones 96809-1516 (Disk Seop) e 153 (Guarda Municipal). Após o primeiro atendimento, as equipes do Grupamento Maria da Penha ficarão responsáveis pelo acompanhamento de cada caso, incluindo visitas domiciliares e orientações por mensagens via aplicativo.
As vítimas contam com apoio psicológico, jurídico e de assistentes sociais, para que se sintam realmente acolhidas. Além disso, de acordo com o tipo de violência sofrida, a vítima será acompanhada pelos agentes do Grupamento Maria da Penha até a delegacia. Em caso de violência física ou sexual, os guardas a acompanham para unidade de saúde, para o atendimento necessário.