Alerj exige explicações sobre não retorno de Chefes do Tráfico após Saidinha de Natal
A Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) notificou nesta terça-feira, 2, a secretária da Administração Penitenciária (Seap) do estado, Maria Rosa Lo Duca Nebel, para prestar esclarecimentos sobre as saídas temporárias de detentos. O pedido, feito pelo deputado Márcio Gualberto (PL), presidente da comissão, surge após 253 presos não retornarem aos presídios fluminenses.
Três dos detentos que não voltaram às unidades prisionais são líderes da maior facção de tráfico de drogas no Rio de Janeiro. São eles: Saulo Cristiano Oliveira Dias, conhecido como SL; Paulo Sérgio Gomes da Silva, apelidado de Bin Laden; e Davi da Conceição Carvalho, vulgo “DVD”. Carvalho foi condenado por tráfico e homicídio e é acusado de matar um militar do Exército em um tribunal do tráfico.
A secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel, está sujeita a responder a 14 perguntas, abordando temas como os crimes imputados aos presos beneficiados, suas afiliações a facções criminosas, os papéis que desempenhavam e quantos deles utilizavam tornozeleira eletrônica ao deixar a prisão.O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) informou que não foi determinada a instalação de tornozeleiras eletrônicas nos presos beneficiados com as saídas temporárias de Natal.
Segundo o tribunal, a estrutura nos presídios não permite a instalação rápida dos equipamentos em períodos curtos, como o Natal.A Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio de Janeiro já emitiu a maioria dos mandados de prisão para os detentos que não retornaram e são considerados foragidos.Este episódio levanta preocupações sobre a eficácia do sistema prisional e a segurança pública, gerando demanda por respostas e medidas para evitar recorrências no futuro.
