Morre Washington Olivetto aos 73 anos, ícone da publicidade brasileira
O publicitário Washington Olivetto faleceu na tarde deste domingo (13), aos 73 anos, após meses internado no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, por complicações pulmonares. A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de S.Paulo. Olivetto morreu devido a falência múltipla de órgãos.
Em nota oficial, o hospital Copa Star declarou:
“O Hospital Copa Star lamenta a morte do paciente Washington Olivetto na tarde deste domingo, 13, e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes.”
Trajetória e Legado
Washington Olivetto, descendente de italianos da Ligúria, nasceu no bairro da Lapa, em São Paulo. Seu pai, vendedor, foi uma grande inspiração para sua escolha profissional. Aos 18 anos, em 1969, iniciou sua carreira como redator publicitário. Curiosamente, ele encontrou a oportunidade por acaso, após o pneu de seu carro furar em frente a uma agência, onde decidiu tentar uma vaga de estagiário. Em apenas três meses, criou seu primeiro comercial para a Deca, que conquistou um Leão de Bronze no Festival de Cannes.
Olivetto é responsável por algumas das campanhas mais icônicas da publicidade brasileira, como o casal Unibanco, o garoto Bombril e a “Democracia Corinthiana”. Outra de suas obras inesquecíveis é o comercial “O primeiro sutiã (ninguém esquece)”, para a Valisère, considerado um marco na história da propaganda.
Hiperbólico e espirituoso, Olivetto marcou a publicidade não apenas com sua criatividade, mas também com sua personalidade vibrante. O amor pelo Corinthians era uma de suas paixões, muitas vezes alimentando conversas intermináveis sobre o clube. Seu talento e impacto o levaram a ser nomeado pela revista Advertising Age como um dos 100 maiores publicitários de todos os tempos.
Com sua morte, o Brasil perde não apenas um dos mais brilhantes criadores de sua publicidade, mas também um personagem único que ajudou a elevar o setor a um patamar internacionalmente reconhecido.
