POLÍCIA

“Maricá Indígena” promove imersão cultural e fortalece respeito aos povos originários

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, promoveu no último sábado (19/04) uma verdadeira imersão cultural na aldeia Mata Verde Bonita (Tekoa Ka’aguy Hovy Porã), localizada no bairro São José do Imbassaí. O evento, intitulado “Maricá Indígena”, reuniu moradores e visitantes em um dia de trocas, escuta e valorização da memória, dos saberes e das tradições dos povos originários.

Com uma programação ampla e diversa, o público teve a oportunidade de participar de apresentações culturais, ouvir cantos ancestrais do coral guarani, experimentar a gastronomia típica, vivenciar atividades esportivas tradicionais, como arco e flecha, cabo de guerra e corrida com mbaraká, além de oficinas de pintura corporal, exposição fotográfica, aulas de língua guarani, rodas de conversa e feira de artesanato indígena.

Um dos momentos mais emocionantes do dia foi a apresentação do coral guarani, que tocou os presentes com cantos ancestrais, ecoando como verdadeiros chamados à conexão espiritual e reflexão coletiva.

O evento celebrou duas datas de grande simbolismo: o Dia dos Povos Indígenas (19/04), marco nacional de luta por direitos e reconhecimento, e o Dia Municipal dos Povos Indígenas (22/04), instituído pela Lei nº 3.196/2022 como um ato de valorização da presença indígena no território maricaense. A data também se propõe a desconstruir a visão colonial de “descobrimento do Brasil” em 1500, reforçando que a história do país começou muito antes, com os povos que já habitavam essa terra.

Em Maricá, duas aldeias indígenas seguem resistindo e mantendo vivas suas tradições: a própria Mata Verde Bonita (Tekoa Ka’aguy Hovy Porã), e a Céu Azul (Tekoa Ara Hovy), localizada no bairro Espraiado. Ambas são espaços de cultura viva, espiritualidade, luta e pertencimento.

A iniciativa foi celebrada pelos participantes como um passo importante para a construção de uma sociedade mais justa e plural, onde o respeito à diversidade e aos direitos humanos seja uma prática cotidiana.

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